sábado, 30 de junho de 2012

Ritalina, usos e abusos

O remédio para hiperativos ganha
adeptos entre executivos, estudantes
e moças que querem emagrecer

Anna Paula Buchalla


Utilizado em larga escala nos Estados Unidos, o remédio Ritalina experimenta um aumento de consumo surpreendente no Brasil. O número de prescrições do medicamento, um estimulante para o tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, mais que dobrou nos últimos dois anos. Só neste ano, estima-se que será vendido 1 milhão de caixas de Ritalina, fabricado pelo laboratório Novartis. A principal razão desse aumento é o fato de que o diagnóstico do distúrbio se tornou mais comum. Antes considerado um mal predominantemente infantil, a hiperatividade passou a ser detectada também em muitos adultos. Além disso, há quem use o medicamento simplesmente para se manter desperto durante longas jornadas de trabalho ou estudo. E, como acontece com boa parte dos remédios da família das anfetaminas, a Ritalina entrou na ilegalidade. Jovens em busca de euforia química e meninas ávidas por emagrecer estão usando o remédio sem dispor de receita médica. 

Caracterizada por quadros de agitação, impulsividade e dificuldade de concentração, a hiperatividade, nos últimos dez anos, ganhou maior atenção de médicos, psicólogos e pedagogos – principalmente porque se passou a creditar ao distúrbio boa parte dos casos de mau desempenho escolar. Dispor de um remédio como a Ritalina é um avanço inegável. Mas o "sossega leão" tem um lado perverso: o dos excessos. Pais acusam escolas de rotular suas crianças de hiperativas indiscriminadamente, antes mesmo de obter um diagnóstico médico. Tudo porque os professores, segundo esses pais, não teriam paciência, nem disposição, para controlar crianças irrequietas – mas não necessariamente com desequilíbrio na química cerebral – na sala de aula. Tais escolas, por sua vez, alegam que seus professores são suficientemente treinados para identificar o problema. Há que levar em conta, ainda, que pais impacientes andam utilizando o diagnóstico de hiperatividade como desculpa para entupir seus filhos de remédio e mantê-los, dessa forma, sossegados. Tanto é assim que o medicamento foi batizado de "droga da obediência". "É freqüente que os pais peçam aos médicos que aumentem a dose de Ritalina ou não a interrompam durante as férias", diz a psicóloga carioca Marise Corrêa Netto. 

A hiperatividade infantil costuma aparecer entre os 3 e os 5 anos. O distúrbio é três vezes mais comum em meninos. Pesquisas feitas nos Estados Unidos mostraram que até um terço dos garotos em idade escolar naquele país usa Ritalina, embora muitos deles não precisem. Um estudo recente da Universidade Estadual de Campinas revelou que, de um grupo de crianças diagnosticadas com hiperatividade, 23% não exibiam problemas de aprendizado. Ou seja, provavelmente estavam sendo tratadas de um distúrbio do qual não sofriam. Vários educadores acreditam que se rotulam muitas crianças de hiperativas só porque elas são bagunceiras. "É preciso tomar muito cuidado com a medicalização da educação", diz a psicanalista carioca Christiane Vilhena, especialista em desenvolvimento infantil. 

Enquanto a polêmica segue no universo infantil, a Ritalina vai conquistando de maneira silenciosa adeptos nas universidades. Pressionados por provas, exames e trabalhos de faculdade, estudantes estão trocando o tradicional café com cigarro pelo remédio. A Ritalina, nesses casos, teria o objetivo de melhorar a concentração e diminuir o cansaço. Seria uma espécie de anabolizante para o cérebro, que conseguiria assim acumular mais informação em menos tempo. Um levantamento feito na Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, mostrou que um em cada cinco estudantes da instituição já havia experimentado a Ritalina com esse único propósito. No mercado de trabalho, ela também entrou para o cardápio: executivos passaram a procurar no medicamento uma forma de suportar batentes que costumam ultrapassar dez horas.
Um dos aspectos mais preocupantes do uso da Ritalina é o recreacional. Alguns adolescentes trituram as drágeas e cheiram o pó. Outros diluem o comprimido em água, para injetá-lo na veia. Essas injeções, no entanto, podem causar complicações sérias. Pequenos pedaços da pílula podem obstruir vasos sanguíneos e levar a distúrbios pulmonares e cardiovasculares graves. Por último, há garotas que lançam mão do remédio para emagrecer – um dos efeitos colaterais da Ritalina, descrito na bula. 

A Ritalina, nome comercial do metilfenidato, foi lançada em 1956. O efeito paradoxal do remédio é que, embora seja um estimulante, em doses muito precisas ele acaba por acalmar seus usuários, ao torná-los mais concentrados – daí seu uso em crianças hiperativas. O mecanismo de ação da Ritalina ainda não foi completamente desvendado. Recentemente, com o auxílio de um exame de última geração, a tomografia por emissão de pósitrons, pesquisadores conseguiram identificar um aumento nos níveis de dopamina em homens saudáveis que tomavam o remédio. A dopamina é uma substância produzida no cérebro, associada à sensação de bem-estar, euforia e estado de alerta.

 
Fonte: //veja.abril.com.br/271004/p_068.html

sábado, 23 de junho de 2012

O consumo excessivo de proteína na dieta pode causar insuficiência renal em indivíduos saudáveis?


O impacto do consumo excessivo de proteína alimentar na doença renal tem sido estudado há muitos anos, mas ainda não há evidências suficientes que comprovem que a alta ingestão de proteína possa causar danos renais em indivíduos saudáveis, e que, portanto, possuem um funcionamento normal dos rins. 

Um indivíduo adulto com peso normal deve ingerir 0,8 g de proteína por kg de peso corpóreo ao dia, ou 10 a 35% do valor calórico total da dieta sob a forma de proteína. Diversos estudos já mostraram que a alimentação do brasileiro tem proporção de proteínas mais alta do que o recomendado.

Algumas explicações para a possível relação entre alta ingestão de proteína e dano renal são de que, como os rins eliminam os produtos do metabolismo da proteína (como uréia, amônia, dentre outros resíduos nitrogenados), seu consumo elevado pode aumentar a taxa de filtração glomerular, causando aumento da pressão dentro dos glomérulos. Isso pode fazer com que a função renal seja prejudicada progressivamente. Além disso, também pode haver sobrecarga do fígado, por ser o órgão responsável pela metabolização de aminoácidos.

Apesar disso, alguns autores acreditam que essas alterações ocorridas na função renal devidas ao elevado consumo de proteína são adaptações fisiológicas normais do organismo humano, certamente que dentro de um limite da capacidade renal. Um bom exemplo é o que acontece com as gestantes, que precisam aumentar sua ingestão calórica total, com conseqüente aumento da proteína alimentar, e como conseqüência aumentam em 65% a taxa de filtração glomerular. Nem por isso elas estão em risco para desenvolverem doença renal.

Mas é importante lembrar que, mesmo não havendo comprovações científicas de danos renais com a ingestão elevada de proteína, podem ocorrer outros problemas. Por exemplo, quando há excesso de proteína na circulação sangüínea, esse nutriente será degradado e depois armazenado na forma de gordura, contribuindo para o desenvolvimento da aterosclerose e doenças cardíacas. Além disso, uma alimentação com altas concentrações de proteínas limita a ingestão de outros nutrientes essenciais, necessários para o organismo humano suprir a quantidade energética diária, pois, na maioria das vezes, a dieta deixa de ter variedade de alimentos. Outro agravante é que o consumo em excesso de proteína causa amento da excreção de cálcio e, portanto, diminui a utilização desse mineral.

Portanto, estudos em longo prazo precisam ser realizados para verificar essa relação, mas, até o momento, não é necessária a restrição na ingestão de proteína em indivíduos saudáveis. Já para indivíduos que têm a função renal debilitada, uma dieta restrita no consumo de proteína pode ser benéfica.


Fonte: NutriTotal.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Calvície: Tratamento e Prevenção

Em mais de 95% dos casos, a perda de cabelo se deve a fatores genéticos e hormonais.

Algumas pessoas estão geneticamente predispostas à perda de cabelo quando estão expostos a um subproduto da testosterona chamado dihidrotestosterona (DHT).

Entenda a DHT

A DHT é fabricada tanto pelo organismo do homem como pelo da mulher, e se comprovou que este hormônio é o responsável pela diminuição progressiva dos folículos capilares.

Sob os efeitos repressivos da DHT, os folículos capilares se atrofiam, e a consequência é a queda do cabelo. No homem, chama-se Alopécia Androgênica.

A DHT é também a maior causa da perda de cabelo na mulher. Felizmente, o estrógeno e a progesterona protegem aos folículos capilares dos efeitos destrutivos da DHT. No entanto, muitas mulheres desenvolvem um padrão feminino de emagrecimento e perda de cabelo devido à variação dos níveis do estrógeno e o aumento da produção da DHT, o qual ocorre com a idade, ou depois da menopausa.

Lógico que o homem não chegará a usar hormônios femininos para impedir a queda de cabelo (salvo se desejar tornar-se um transsexual). Mas existem alternativas, as quais trago logo a seguir.

Importante salientar que o grau de “recuperação” depende de fatores como a idade do homem, o quanto ele já perdeu de cabelo e qual o objetivo final. Em suma, um homem que começou a perder o cabelo agora tem chance muito maior de que ele volte a crescer, do que um calvo que já está assim há anos.

O objetivo do tratamento seria fazer o cabelo crescer novamente, porém nem sempre é possível. No final o tratamento pode apenas fazer o cabelo parar de cair, e mesmo isso não é garantido.

Tratamento e Prevenção

Então vamos ao que interessa, o que você pode fazer para que a Infraero impeça a inauguração do seu aeroporto de mosquitos:

1 – Propecia

O Propecia é um dos remédios mais populares contra a queda de cabelo. Trata-se da finasterida, um inibidor androgênico. Atua inibindo a produção de DHT, e com isso, impedindo a queda de cabelo, e quiçá, gerando seu crescimento. A maioria dos especialistas concorda que atualmente é o medicamento mais efetivo.

É usado na forma de comprimidos, ingeridos diariamente, e costuma apresentar resultados após 3 meses. Por ser de administração sistêmica, ou seja, todo o organismo recebe a substância, pode estar associado a efeitos colaterais, como perda de desejo sexual.

Para atletas, é considerado doping (vide Marcão, jogador do Internacional, e Romário, do Vasco). Não pode ser utilizado por mulheres (se for o caso, claro).

2 – Rogaine

Rogaine é uma loção capilar à base de minoxidil, medicamento originalmente utilizado para controle de pressão arterial. Alguns medicamentos anti-hipertensivos agem por provocar vasodilatação, e o minoxidil também o faz.

Assim, seus efeitos, quando aplicado de forma tópica, se dão através da melhora da vascularização dos folículos atrofiados.Estudos mostraram que muitos pacientes, após o uso de Rogaine por 4 meses, duas vezes por dia, apresentam novo crescimento capilar.

O medicamento já foi até mostrado num episódio dos Simpsons, quando Homer começa um tratamento com minoxidil (chamado de dimoxinil no episódio), e passa a ostentar uma vasta cabeleira, ganhando respeito até de seu patrão, Sr. Burns. A festa acaba quando Bart quebra o frasco, o cabelo cai, e Homer perde tudo o que conseguiu quando cabeludo.

3 – Revivogen

Ainda não aprovado pelo FDA americano, o Revivogen é uma fórmula natural que contém ingredientes comprovadamente inibidores da ação da DHT.

Diferentemente do Propecia, ele também inibe a ligação da DHT ao receptor, e com a vantagem de não afetar a produção de DHT pelo resto do organismo, pois trata-se de uma loção. Pode ser utilizado por mulheres. É medicação promissora, mas ainda necessita de aprovação científica. Porém, já pode ser conseguida no Brasil.

Mas já sou careca, o que fazer?

Numa pesquisa realizada com mulheres nos EUA, foi constatado que uma careca completa é mais atraente que uma “parcial”. O pior que o cara pode fazer é tentar esconder a calvície com aquele famoso penteado pra disfarçar. Peruca então nem se fala!

Então a sugestão é: rape a careca de vez. Isso demonstra atitude e confiança. Além de ser algo que vai funcionar bem melhor do que esconder sua pista de pouso entomológica.

Importa mais pra mulherada é que você seja um careca bem cuidado. Passa a máquina e vai pra academia que é mais produtivo, já que o cabelo não volta mais.


Fonte: papodehomem.com.br